Um tema cantado em forma de Samba-Enredo em 1988 ainda é uma triste contemporaneidade brasileira, a escravidão.
Longe de citar o negro africano que era uma moeda de venda, tão menos os índios que foram comprados, torturados e submissos aos conquistadores, mas sim ao ser vendido por algo que oprime, depreda e derroca uma população.
Sonhos viraram mercadorias, comprados por muitos e saboreados por poucos.
Aprendemos uma nova escravidão, a auto-escravidão, onde a pessoa humana não é aquilo que ela é, tão menos o que ela tem, é, simplesmente, o que ela aparenta ter.
O mundo virou uma vitrine, onde a mercadoria é exposta para um consumidor dependente daquele bem, mas esquece que o bem principal é acalentado por sua própria personalidade e pessoalidade.
A Liberdade virou um estado de espírito em extinção, privado por várias espécies de armas manipuladoras, desde o assistencialismo ao mais necessitado até a aliança corruptível daqueles que oferecem tal assistencialismo como uma moeda de troca e esmola.
A Realidade é refletida pela esmola, que alicia o seu pedinte e enaltece o seu concessor, dando ao menos o poder da manipulação, que em gênero é convertida em opressão, mas em espécia vai desde a alienação até a escravidão.
A ilusão virou a verdadeira escravidão, onde uma espécie de mural é posto como uma linda paisagem, mas a verdadeira paisagem paira um retrato devastador de dor e miséria.
Resta o nada, acalentado pela miséria de uma amarga ilusão, escravizada pela triste realidade e refletida por uma esmola que chamam de liberdade.
A Liberdade, realidade e ilusão são o retrato de uma triste e inócua civilização.
O pior vazio é aquele que enche a alma de um ser!
Cem anos de liberdade, realidade e ilusão
Mais uma vez uma matéria perfeita.
ResponderExcluirSou sua fã.
Parabéns.
Bjkas.
Paulinha
( @PaulaReRJ )
Suave, muito bom. www.apacont.org.br
ResponderExcluirCOMO SEMPRE, PERFEITO!
ResponderExcluirCONTUNDENTE NA EXPLANAÇÃO.
PARABÉNS!