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sábado, 14 de julho de 2012

#KdPatricia

A Tag é autossugestiva, assim como o caso em si.

Como é possível uma pessoa desaparecer nas mãos do Estado?
Como o Estado pode omitir tanto um crime?
Como um crime pode ser perpetuado pelo ente estatal?

Algo que vem desde os regimes tiranos, vislumbramos indagações que demonstram um Estado Democrático de Direito asfixiado por suas mazelas, sepultando a justiça e a liberdade, propagando a injustiça e a prisão.

Impossível uma família ser refém de informações, presa no tempo do desaparecimento de sua ente querida, tentando buscar a solução do óbvio.

Patrícia desapareceu nas mãos do Estado que colocou nas ruas marginais fardados, aptos para qualquer tipo de transgressao a uma lei penal, a mesma que permite ao Estado omitir as verdadeiras informações de um homicídio, perpetuando a ocultação de um cadáver como um mero incidente social.

Um caso tão triste e simples, onde os executores são conhecidos e protegidos por um advogado sem qualquer tipo de escrúpulos - Nélio Andrade (defensor dos bicheiros e milicianos oprimidos pela lei) - e abraçados por uma Justiça propagadora dos vultos ilegais, enterram uma família toda no lugar do corpo DEVER do Estado continuar com a busca ao corpo da Engenheira morta, desaparecida e esquecida por quem deveria proteger o ser da violência.

Usem a tag, manifestem a tag e propaguem a notícia, antes que o próximo seja alguém próximo de nossos corações.

#KdPatricia


13/07/2012 18h46 - Atualizado em 13/07/2012 20h25

Após buscas por engenheira Patrícia, juíza adia decisão sobre caso

Justiça quer informações sobre objetos apreendidos em sítio.
Os quatro PMs acusados negaram as acusações.

Marcelo AhmedDo G1 RJ
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Mãe de Patrícia acompanha audiência no TJ (Foto: Marcelo Ahmed / G1)Mãe de Patrícia acompanhou audiência no TJ
(Foto: Marcelo Ahmed / G1)
O resultado da busca e apreensão pela ossada da engenheira Patrícia Amieiro acabou estendendo o prazo que a juíza Ludmilla Vanessa Lins da Silva, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decisa sobre a pronúncia dos réus. O caso pode ou não ir a júri popular.
Ao fim da audiência desta sexta-feira (13), a juíza afirmou que vai expedir um ofício para a Divisão de Homicídios (DH), para que a polícia informe, em um prazo de cinco dias, quais objetos foram apreendidos no sítio no Itanhamgá, na Zona Oeste do Rio, e para onde eles foram levados.
Em seguida, o TJ vai abrir vistas à defesa, para que tenha acesso ao processo. A juíza também disse que vai oficiar o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e determinar um prazo pra que a perícia seja feita.
Só após a conclusão da perícia é que a juíza vai abrir as alegações finais, que são feitas em até 10 dias. Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o cadáver da engenheira negaram as acusações. Eles foram interrogados novamente nesta sexta-feira.
Patrícia foi vista pela última vez quando saía de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul da cidade, no dia 14 de junho de 2008.
PMs acusadosO delegado Marcos Reimão, última testemunha a ser ouvida na audiência de instrução de julgamento do desaparecimento da engenheira, que teve início às 15h desta sexta, afirmou ter convicção da participação dos quatro policiais militares na morte da engenheira. Reimão esteve à frente das investigações na época. O depoimento dele durou 1h40.
O delegado informou que vários detalhes o levaram a essa conclusão, entre eles o fato de vários carros da PM terem estado no local e o próprio estado emocional dos policiais, já que de início o caso foi tratado como acidente.
Buscas por ossadaApós o anúncio oficial do fim das buscas pela ossada da engenheira Patrícia Amieiro, o irmão, Adriano Amieiro, fez um apelo emocionado ao governador Sérgio Cabral, nesta sexta, e ao secretario estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, para que os trabalhos continuassem no local.
"Eu entendo e respeito a opinião do Corpo de Bombeiros, que são especialistas. Eu confio no trabalho do MP e da polícia, mas peço que as buscas não terminem aqui no sítio. A gente acredita que as roupas sejam da Patrícia, sentimos que ela possa estar aqui, então, eu faço um apelo ao governador e ao secretario Beltrame para que as buscam continuem só mais um pouquinho", disse ele, que foi amparado por um psicólogo da Polícia Civil.
De acordo com o comandante Vítor Leite, do 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente, as equipes fizeram uma varredura em todo o terreno do sítio, com o auxilio de seis cães farejadores. Ele afirmou que durante as buscas, os bombeiros encontraram duas ossadas de animais, uma de bode e outra de cachorro, e vários objetos pessoais, como tênis, prendedor de cabelo e brinquedos.
"Nós dividimos as equipes em três, elas subiram até o cume do morro, fazendo uma varredura, até a base da pedra,começamos o serviço as 9h, encontramos algumas ossadas de animais, até porque o sítio tem animais, e a equipe regressou fazendo um pente fino. Encontramos uma cisterna, e não encontramos nada lá dentro, e para os bombeiros os trabalhos também estão encerrados", disse ele.
Na manhã desta sexta, equipes que tentavam localizar a ossada de Patrícia em um sítio no Intanhangá, Zona Oeste do Rio. Os trabalhos realizados por cerca de 200 agentes do Ministério Público, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, da Light e da secretaria municipal de Conservação foram concluídos por volta das 12h45.
Quatro anos desaparecida
Na noite de 14 de junho de 2008, a engenheira Patrícia Amieiro Franco, então com 24 anos, desapareceu ao voltar de uma festa na Zona Sul para sua casa na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia foi encontrado no Canal de Marapendi. A perícia feita no veículo encontrou vestígios de tiros. Quatro policiais militares são acusados de matar e ocultar o cadáver da vítima, que teve morte presumível decretada pela justiça em junho de 2011.

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