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domingo, 7 de abril de 2013

Faz de Conta.

Em um país que tudo é harmonia, democracia e utilidade pública, três fatos assustaram a democrática e eclética república tupiniquim.

1) Nem tudo é harmonia... 

Inclusive quando observamos o dinheiro do contribuinte beijar o abismo da inflação.


Impossível compreender o discurso da"presidenta", o qual mostra a mesma coerência com o legado das obras públicas do século XXI.

Antigamente o discurso era de obras perpétuas, que debruçam o poder do estado e demonstram sua força ao tempo. Fácil observar obras grandiosas, reflexos de um país estadista, resistindo ao tempo e ao vigor da utilização(ponte Rio-Niterói, Linha Vermelha etc).


Agora, vislumbramos as maravilhas de um mundo aberto, onde o mercado influencia a modernidade, onde o designer mostra arrojo e desenvolvimento de uma nação que deseja um legado.



Legado como a Cidade da Música, Estádio do Engenhão e o túnel o BRS da Barra, todos novos, com menos de 10 (dez) anos de construção, e sucumbindo ao desgaste precoce de um tempo que jamais existiu, exceto para o desvio de verbas em prol das obras superfaturadas.


2) Nem tudo é democracia... 

Onde um representante eleito pelo povo assume uma função de grande importância para a proteção dos Direitos Humanos, tudo oriundo de acordos escusos das alianças políticas - quadrilhas legalizadas na forma de partidos-, além do grande impulso chamado corrupção.


O Deputado Feliciano, representante de um partido aliado, nada mais é do que um representante da verdadeira escória e devaneio social contemporâneo.



Ele veio do povo, alucinado pelo preceito religioso que elege seus representantes, abraçado pelas alianças partidárias e representando um povo desinformado, desigual e iludido.


Neste ponto tenho que discordar de uma grande maioria que repudia o ilustre deputado, pois o mesmo é fruto de uma politicagem hipócrita, oriunda de uma sociedade hostil e calçado por mentes preconceituosas que se fingem de cordeiros.

Ora, tenho uma bela recordação da entrevista do Silas Malafaia no programa "De frente com Gabi", onde a repórter bombardeou o pastor indicando seus preceitos supostamente preconceituosos.

Seria errado falar que a legislação homo afetiva tem partes inconstitucionais?

Todavia, naquele momento, existia de um lado a cegueira imposta pelo vulto intolerante de preceitos religiosos interpretados equivocadamente, já do outro existia uma intolerância maior, pois jamais existiu a real vontade de entrevistar, mas sim a vontade de atacar.

Lembro que em um programa anterior, neste sendo entrevistado o ex-jogador de futebol Edmundo, ocorreu um ataque parecido, porém a resposta do jogador foi de um grande desafio, mostrando que o preconceito não parte dele, dela ou de alguns, mas parte de todos.

A resposta foi simples, girando na concepção social de que o natural é o artificial, aonde todos colocam capa em padrões estéticos-sociais, pois, realmente, seria quase que impossível uma pessoa assumidamente gay galgar vários aspectos no mercado de trabalho, tendo em vista a incoerência de mentes que se dizem liberais, porém são as primeira a atacarem padrões que saem de uma suposta normalidade.

O que é normal é respeitar o limite, a vontade e o destino do próximo, cumprindo a lei, admitindo que todos possuem uma mesma essência e, além de tudo, compreender que a sociedade deve ser diferenciada, pois todo o que é homogêneo toca o vão da incapacidade e do retardamento.  

3) Nem tudo é utilidade pública...

Leituras, debates e propagandas de avanços culturais, tudo no vulto de eleger futuros presidentes, governadores e deputados.

É incrível como existe um antro que movimenta a máquina pública em prol das eleições, tudo vidando candidatar-se ou candidatar o seu aliado.

Se não basta a falta de utilidade pública do marketing governamental, o país ainda tem regiões devastadas pela seca, um baixo desenvolvimento na educação e serviços públicos precários.

O ônibus que despencou de um viaduto não caiu pela culpa exclusiva dos motorista e do passageiro, mas sim da culpa de um sistema que comporta verdadeiras indústrias da carta marcada em licitações.

É simples, a empresa que transporta passa pela licitação, forma um consórcio fraudulento e domina o mercado, de uma certa região, como o monopólio do transporte, tudo em tarifas fixas, com o aval da legalidade passada pelo governo municipal.

Se não bastasse o lucro dos empresários, os mesmo buscam faturar mais e mais, extrapolando a jornada do motorista, que em muitos casos é motorista e cobrador, além de incentivar o mesmo a acelerar a viagem para comportar um número maior de trajetos (um transporte rápido diminui a necessidade de aquisição de novos veículos).

O motorista que correu e bateu é fruto da ganância do seu empregador, já o passageiro que agrediu o motorista é fruto da ignorância, que reflete a intolerância e a incapacidade do ser em desenvolver.

A falta de educação gera tudo, porém tudo o que é negativo, mas para tal fato o governo determinou a baixa da idade para o início da alfabetização, o que parece, no mínimo, uma propaganda governamental, pois todos sabem que o poder público mal tem uma capacidade para licitar, agora imagine administrar escolas e ministrar a educação?

O Brasil vive a sua pior fase, a fase da superficialidade e imaginações.

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