Com a morte do cantor Wando veio a seguinte notícia, morre o cantor do romântico e brega.
Absurdo chamar algo tão originário de brega, algo que faz parte do sentimento e coração brasileiro. Eis a verdadeira MPB, rasgada em versos românticos e letras clamantes.
A palavra braga torna algo tão brasileiro em algo tão insuportável, feio, pois tal adjetivo não tem outra conotação, fora de moda ou da realidade social.
Uma submissão cultural, eterna, na forma em se qualificar abaixo.
Várias letras de sucessos internacionais, os quais amamos e destacamos como algo luxuoso, quando traduzidas mostram, quase sempre, algo chato, piegas e fútil, mas reconhecemos como algo belo, extraordinário.
Quanto não restringimos a nossa música ao patamar da MPB, recatando alguns cantores como popular, porém colocando outros, como Roberto Carlos, na classificação de um romântico-brega.
O brasileiro é que se acha brega, ridículo e submisso a outras nações, porém esquece que a única forma de evoluir é aceitando suas raízes, sendo estas fortes em convicções e traços culturais.
Não podemos negar os nossos artistas, nem ao nossos irmãos de outras regiões, muito menos a discriminação de credo, cor, raça e/ou etnia, já que, na soma de tudo e de todos, eis que são nacionais de uma terra farta em mistura populacional.
Quem ultraja outro cidadão por seu aspecto regional-demográfico esquece que todos são parte de um único laço, o povo indígena, que sofreu a colonização portuguesa e criou esta imensa pátria de culturas e tipos diferentes.
Somos tão ricos em biodiversidade, cultura e raças, mas esquecemos da riqueza moral de aceitar o que realmente somos.
Como o brasileiro gosta de criticar o que tem, vou ao brega, um estilo de música que sempre é top na linha de sucessos, mas apagadas por um adjetivo tão forte, classificando sentimentos e vontades poéticas do nosso povo em algo fora da realidade e costume social.
Brega não é reconhecer o amor extremo em nossas músicas ou o nosso jeito de ser, brega é não lutar por nossas origens e costumes.
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