A inauguração do Terminal 4 de passageiros de Cumbica encerra a via superfaturada de obras realizadas pelo governo no maior aeroporto do país (30 milhões de passageiros/ano) antes de sua privatização.
Construído pela empreiteira Delta, sem licitação, o puxadinho totalizou a pequena quantia de R$ 85 milhões e coloca em fim mais uma etapa de lavagens de dinheiros.
Segundo os procuradores da República e dados do próprio governo, a Infraero fechou o contrato da obra ao preço de 85,75 milhões de reais sem ter feito licitação com a empreiteira Delta.
A Procuradoria tentou anular o contrato com a Delta, a construtora escolhida, e fazer com que a Infraero abra um processo licitatório, porém a única licitação aberta foi para o próprio aeroporto, assim como outros aeroportos do país que sofreram obras, mesmo que superfaturadas, e serão passadas para as mãos de empresas aliadas na forma de consórcios.
A empreiteira Delta tem como dono Fernando Cavendish, cuja amizade com o governador do Rio, Sérgio Cabral é notória, assim como ligações com Eike e CIA.
Inúmero são os contratos da Delta com o atual governo do estado do Rio pela pequena importância R$ 241,8 milhões para a realização de obras, sendo que praticamente um quarto deste montante, R$ 58,7 milhões, foram pagos em contratos sem concorrências públicas (sem licitações).
Falando em milhões, trocando miúdos e observando o sistema chegamos a análise de que grandes empreiteiras são grandes negócios, inclusive a Delta, que comemora 50 anos com inúmeras obras emergenciais, sem licitações, sendo quase todas alertadas por superfaturamento, porém indispensáveis para o desenvolvimento financeiro de grandes empresários, aliados e partidários VIP's.
Quem disse que não há distribuição de riquezas neste país?
Agora vamos para a privatização dos aeroportos, pois convencemos a todos a nossa plena incapacidade de administrar a quantidade de aviões e passageiros, ou pior, sepultamos novas fontes de arrecadações, com taxas caras e serviços precários já efetuados pela União, os quais serão revertidos em tarifas extraordinárias de um consorcio surrealista e improvisador.
Um país de todos?! Todos os alidados do poder!
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