O tempo passou e o cenário lamentável volta a ser destaque, com a mesma mobilização popular e necessidade de pronto auxílio ao afetados pelos alagamentos.
A participação popular, colaborando com todo o tipo de apoio necessário, é primordial para ajudar todas as famílias afetadas, porém, tal auxílio deve ser estendido na forma de fiscalização com as providências e destinos tomados com os projetos e donativos destinados a localidade.
Obras prometidas não foram executadas, providências não foram tomadas e família não foram auxiliadas; logo, eis o resultado, uma nova tragédia.
E tudo começou com o seguinte termo: verbas emergenciais.
Algo que pode ser disponibilizado em caráter de urgência, sem necessidade de grandes preceitos legais, dispensando ritos legislativos para liberação e repasse de verbas, estando ao comando da necessidade humana em recuperar seu ambiente social.
Catástrofes, desastres, infortunidades, força maior e outros fatos imprevisíveis, tudo está no campo emergencial, oriundos do desvio natural, ou melhor, da força da natureza, que corroborada com o desleixo administrativo capaz de devastar vidas e bens.
Em 2011, mais precisamente em abril, o Ministro da Integração Nacional comunicou a criação de um cartão, tipo o de crédito, para a facilitação do repasse de tais verbas emergenciais, reduzindo a demora e a burocracia que inviabilizam respostas rápidas em casos de tragédias como as chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro no começo deste ano.
“O cartão vai dar mais agilidade na liberação de recursos, na medida que dispensa a necessidade de abertura de conta pelo município para receber o dinheiro. E vai permitir maior acompanhamento e fiscalização dos recursos”, disse o ministro durante abertura do Seminário Internacional sobre Gestão Integrada de Riscos e Desastres, em 11/04/11. Só no Rio de Janeiro 75 mil famílias foram afetadas, contabilizando o número de mais de 1000 mortos.
E o que parecia um paraíso virou um desvio artificial, onde recursos, destinados para emergencias, tomaram o tom de superfaturamento, destinos imprecisos e fins inescrupulosos.
O capital destinado ao reparo e preparo tomou o destino das margens de rios e florestas, a devastação do ser ambicioso, que muda o destino de um córego e derruba matas para seu mero prazer e riqueza capital, porém prejudica todo um ecossistema.
Prefeitos caçados por desvio de verbas, após auditorias regradas pelo Ministério Público, que ainda confirmam obras inacabadas e promessas não cumpridas com a infraestrutura e recuperação de áreas afetadas.
No local de pontes, comerciais, mas no canteiro dos comerciais, que comunicam milhões destinados a reconstrução daquela ponte surge o nada, ou melhor, o absurdo.
Atualmente o Prefeito de Nova Friburgo reclama a falta de repasse de verbas, que já foram destinadas ao Estado do Rio de Janeiro; já em Pernambuco vários municipios reclamam da ausência de repasse Estadual, sofrando com as mazelas de alagamentos ocorridos no ano de 2010.
Eis que surgem Cinco fatos curiosos:
1) O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, ao se defender da acusação de que teria privilegiado o próprio Estado na distribuição de verbas, apresentou dados apontando que Pernambuco recebeu 45% dos recursos de 2011 para ações de prevenção de desastres naturais, mas disse que "não existe política partidária".
2) O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que um ano não é suficiente para solucionar os problemas da Região Serrana. Na terça-feira, quando foi a Nova Friburgo entregar viaturas para a Defesa Civil, ele já havia dito que encontrou muita dificuldade para iniciar as construções de moradias.
3) Pernambuco recebeu 13,7% dos valores desembolsados pela Pasta em ações de catástrofes no período de 2011, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que obteve 30,6% do montante pago.
4) As empreiteiras Odebrecht, OAS, Andrade Gutiérrez e Queiroz Galvão doaram R$ 11 milhões ao PT (campanha de 2010), e foram bem alojadas na Líbia de Kadaffi, após forte Loby de Lula.
5) Enquanto no Brasil governantes e aliados se aproveitam de tragédias locais para desviar recursos, o governo japonês dá um exemplo de probidade e seriedade, devolvendo o capital que não foi necessário para sua revitalização.
Em prol dos acontecimentos, chegamos ao fato de que a Lentidão é a marcha utilizada para a Pressa é a Presa é quem alimentas os animais corruptíveis, ou seja, quanto maior a urgência maior é a lentidão e maior é o repasse de verbas.
A Lentidão valoriza a Presa, angaria fundos e aumenta reflexos sociais, como os exemplos abaixo, os quais necessitam de pressa:
- Obras urgentes em passo de tartaruga;
- Justiça e o Excesso de recursos;
- Projeto de Lei Necessário e Trâmite pautado.
Existem administradores bons, porém muitos estão corroídos por interesses escusos, o qual não parte de posicionamento político, ou seja, esquerda ou direita, porém parte do posicionamento da aliança.
Existe um povo que clama por honestidade, probidade e assistência real.
Existe um país.
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