Não é recente o debate entre a força da mídia e a influência no cotidiano, mas certo é que algo vem, cada vez mais, atenuando as reportagens e grandes matérias divulgadas pela grande mídia.
Assustadora a força da mídia em calar um simples movimento ou entorpecer um clamor e opinião.
Não cito apenas um movimento paredista, cito a exclusividade de acesso a inquéritos e processos, além de escutas autorizadas judicialmente.
O ponto é tão grande que ouvimos escutas nos jornais, sendo que as mesmas foram autorizadas pelo judiciário em prol daquele processo, seguindo, sempre, em segredo de justiça.
Inquéritos com informações vazadas, processos em segredo de justiça esparramados pelos editoriais e dados sigilosos em manchetes.
Certo é que o povo tem o direito de saber, de interpretar ou conhecer certos acontecimento, mas dentro de uma proporção lógica e ideal.
Se existe sigilo é para ser respeitado e não rasgado em prol da informação. Informar é uma coisa, marginalizar a informação é outra coisa completamente diferente.
Sou contra o sigilo político, atos secretos da administração pública e o segredo de justiça para casos desproporcionais ao verdadeiro sentido do segredo judicial (preservar a honra e a moral das partes até um conclusão do julgado e seus reflexos sociais), todavia não posso concordar com grampos telefônicos divulgados no horário nobre, trecho de inquéritos administrativos e policiais copiados em jornais e revistas ou informações confidencias vazadas por uma bela manchete.
Sou contra por uma simples conclusão: quem derruba isso tudo para uma notícia nobre, revestida de ibope e exclusividade, é capaz de transformas uma grande mentira em verdade e/ou uma grande verdade em mentira.
Quem tem o poder de fazer isso tudo pode manipular o grande eixo de fraude em suas mãos, pode trocar favores ou impor vontades.
Certo é que o acesso a coisa exclusiva é oriundo de possibilidades, como: advogados que acessam os autos e passam as informações por serem contratados pela imprensa; pessoas que em busca de favores trocam informações; e informações que servem como escudo a algo mais inescrupuloso.
Notícia é algo sério, porém notícia recheada de uma fonte sem pudor não é uma notícia, é, simplesmente, um crime protegido por um suposto dever de noticiar.
Notícia, antes de mais nada, deve ser límpida para proporcionar o verdadeiro sentido.
Reflexo do exposto acima:
-A Globo deve ao BNDES, além de solicitar proteção para a cobertura de eventos Olímpicos de 2016 e da Copa de 2014, mas tudo escondido, em prol da troca de favores com os entes estatais e suas forças escusas.
-A Veja presta denúncias de acordo com a sua fonte, lobistas que vendem a carcaça do que restou do poder;
-A Record perdeu algumas premissas do Governo Federal, que apoiava sua evolução tecnológica como forma de hostilidade, mas ganhou outras, em troca de maior espaço para o mesmo governos e aliados que necessitam de espaço para a divulgação e marketing de suas faces e negócios.
-A TV Estatal é um mero cabideiro de empregos para os aliados do governo.
Notícias vendidas e informações prejudicadas.
A Mídia é o maior poder, porém quando patrocinado pelo poder transforma sua vitrine em venda de facetas.
A midia só tem força quando não se torna refém do Estado, quando isso acontece, como nos casos que você citou, o governo nem precisa de mecanismos de censura, a democracia já está comprometida pelo simples fato do governo pautar a midia.
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