
Horrores, desventuras, bravatas e muito mais, são os temperos de um Terra de Cegos, onde ninguém viu, vê ou verá, porém todos sabem qual é a realidade.
Seja em qual plano, em qual situação ou classe social, é possível imaginar que algo corre para o rumo errado, porém, infelizmente, o que acontece é o nexo do desconexo, paradoxo do degradante e pilar da crueldade, ou seja, o silêncio.
Lendo artigos, vendo textos e analisando as notícias fica fácil sentir o que presenciamos, porém enxergar... um dilema!
O pior ser é aquele que sabe e não age, seja por covardia, complacência ou interesse comum, até mesmo por pena ou ódio, solidariedade ou amor ou desinteresse e temor.
A omissão é a propagação do absurdo e desrespeito, sendo filho de descaso, irmão da incapacidade e adotado pela corrupção.
Assim como a vítima de bala perdida, a vítima da omissão é reflexo de inúmeros atentados contra a ordem pública, colocando em risco a todos e atingindo toda uma edificação chamada estrutura.
Omitir é detonar com a verdade, corromper os fatos e sufocar a realidade, simplesmente, é vedar a possibilidade de enxergar algo, cobrindo com um véu corruptível, e insinuando uma suposta beleza em uma carcaça desenhada por maquiavélicos protetores da mentira.
Calar é concordar;
Concordar é assinar;
Assinar é dar autenticidade;
Dar autenticidade é corroborar com algo que concorda.
Mudar, como sempre dito, é necessário, porém calar é consentir.