
Em 7 de setembro de 1882 Dom Pedro, príncipe regente, despertou o brado retubante: "Independência ou Morte".
O berro, as margens do córrego do Ipiranga, retrata um cenário permanente, porém onde o povo clama por independência e o governo sepulta a morte da população.
Antigamente o Brasil era um país de grandes riquezas, extraídas sem controle e servindo de base para a evolução de outras nações, porém hoje, na contemporaneidade, o Brasil continua uma terra de grandes riquezas e grandes extrações.
Um país que ainda exporta insumos e importa produtos não independente, contando com o fato de que uma grande nação é administrada por pequenas mentes, fulminadas a venda e repartição do poder que usufruiu temporariamente, esmagando parcelas populacionais e enriquecendo aliados e patrocinadores partidários.
Não há independência educacional, tendo em vista que o ensino sofreu, com o passar de décadas, uma privatização oculta, onde toda a cadeia de ensino público foi sucateada e substituída por uma esfera particular, dissipando a visão de educador para empregado básico; logo, temos professores em condições análogas a tortura, além de alunos presos a ignorância de uma metodologia ultrapassada, que não prisma o ensino técnico, mas desperta a maquiagem dos dados educacionais.
Alfabetizar automaticamente, criando analfabetos funcionais, é um remédio para sustentar os índices, porém é um sepulto para a fabricação de um povo submisso.
A visão administrativa de lucrar em grandes obras, repartindo a fatia com grandes empresários, é a visão de um governo que não suporta o desenvolvimento de sua própria população.
Sem a independência educacional não há desenvolvimento em outros setores, há um retrocesso, onde não há saúde, trabalho digno, lazer, habitação e desenvolvimento social.
Uma população retida a ignorância não enxerga um cenário melhor, uma verdadeira distribuição de riquezas e um acesso real ao vento da independência.
Uma população que vive em um país em crescimento, porém sem qualquer tipo de infraestrutura, não dando a possibilidade de inclusão social, evolução cultural e acesso a repartição de riquezas, nunca será independente
Não temos mão-de-0bra especializada, ao contrário, temos uma metodologia que força uma alfabetização automática, sem análise do desenvolvimento intelectual, muito menos ao aperfeiçoamento profissional, tendo em vista que a universidade é o alvo, porém um ensino técnico fortaleceria a população para abastecer sua cadeia produtiva.
Hoje vendemos, praticamente, insumos, dependente de mercadorias importadas, mas, em todos os moldes, tal fato é marcado por trabalhadores inaptos a produção, que não conseguem alocar as salas de fabricação, sempre pelo mesmo fato: educação precária.
A base de uma verdadeira Independência não é a formalidade de uma República, é a autonomia de sua população em prol de um desenvolvimento global, evoluindo e produzindo, dando acesso real e seguro aos recursos sociais.
Em suma, falamos em independência, mas não em educação, o que é a base da verdadeira sustentabilidade de uma nação.
O povo vive da sorte, sorte em tropeçar na felicidade, sem ter, em mãos, o verdadeiro objeto para construir a própria felicidade.