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sábado, 7 de abril de 2012

Páscoa Feliz.

Muitos ovos, brincadeira e uma mesa farta caem bem nesta data tão especial, no entanto a Páscoa não é um simples feriado, onde comemoramos e compartilhamos presentes e delícia.

As comemorações da data começaram pela civilização hebraica, sendo os ovos pintados um simbolo da beleza da luz solar, assim como o coelho que significa a fertilidade, tudo em prol de recordarmos um Cristo Vivo, que nasceu, cresceu e morreu para a eternidade dos povos e sua continuidade.

Esquecemos o tanto de reflexão uma data passa, trocando seus significados por brindes caros e presentes fabulosos, não tocando no verdadeiro sentido de paz e luz e vibrando, em comunhão hipócrita, com a venda de conceitos e perda de princípios.

A Páscoa, em si, é uma excelente data de reflexão, reflexão esta que espero compartilhar com todos por todos os dias possíveis, nunca, jamais, sendo o dono da razão, porém buscando uma razão para guiarmos os trâmites da vida e sua sobrevivência.

Que seja um dia repleto de paz, alegria e luz, como um riso de uma criança, sempre com muita felicidade, progresso e saúde.

Dignidade Seca.

Neste feriadão uma blitz da Lei Seca, tão famosa por coibir a ingestão alcoólica e apreender carteiras e veículos de motoristas embriagados, mostrou uma face não tão divulgada, mas já conhecida.

Desta vez uma motorista, Sra. E.B.S., portadora de necessidades especiais, foi parada e "convidada" para fazer o exame do bafômetro, o qual consiste, simplesmente, em soprar uma espécie de canudo para "aferir" o teor alcoólico.

Contudo, neste caso, existe um agravante: a motorista não tem capacidade motora para soprar tal equipamento, tendo em vista ser portadora de uma paralisia pós parto, a qual impede algumas atividades, mas são dribladas pelo belo exemplo de vida desta pessoa.

Mesmo visualizando a identificação no carro de portadora de necessidades especiais - além de comunicado sobre a incapacidade motora de soprar o aparelho - a equipe da Lei Seca tomou uma medida drástica e temorosa: apreender a carteira da motorista que visivelmente não estava embriagada.

A fala da mesma é prejudicada pela paralisia, mas é visível o estado comum da Sra. E.B.S.

Pessoalmente eu conheço a motorista e posso afirmar, de maneira clara e lógica, que a Senhora citada não consome bebidas alcoólicas e não pode ingerir pela medicação que toma, o que, visivelmente, é visto pela característica física da mesma, que, de forma digna e feliz, aprendeu a conviver com suas limitações e leva a vida como qualquer ser, sendo, além de formada, trabalhadora ativa e independente.

Para piorar, o que já parece desproporcional, a Delegacia da região de Botafogo (10ª DP) negou Registrar a Ocorrência alegando que tal fato não demonstra qualquer tipo de lesão a motorista, já o 3º BPM ainda possui a carteira retida, como forma de penalidade pela negativa da motorista em prestar o exame do bafômetro, mesmo sendo por incapacidade física.

Não divulguei o nome da amiga, porém comunico, como de praxe, que a mesma tem toda a disposição do mundo para lutar contra todo o tipo de atitude preconceituosa e impeditiva; logo, tomará suas devidas providências.

Ainda, segundo relatos da mesma, os agentes responsáveis pela blitz comunicaram que soprar o bafômetro seria tão simples como respirar pela boca, o que certamente não é, já que ao indicar procedimentos para tais testes o responsável pelo aparelho sempre cita para soprar forte, como se fosse uma bexiga.

Saliento que a Dignidade sempre tem que ser zelada, sendo o Estado o principal detentor de sua guarda, assim como a vida, a honra, a moral e a acessibilidade.

Infelizmente a abordagem em inúmeras blitz da Lei Seca são substituídas pelo ritmo arrecadatório, substituindo a preservação da vida e saúde pela arredação de verbas para o cofre do Estado.

Frase do Dia.

A felicidade não é um bem, é o bem!

Muita paz, saúde e fraternidade, sempre.

Reflexões.

Nesta data de tantas e tantas reflexões, onde pensamos no que é o significado da vida em família, da comunhão, do perdão e de vários outros atos humanos, sempre em busca da salvação ou retratação de nossos e vossos atos e gestos, mais reflexões tocam a alma do ser.

Há três anos vidas foram perdidas no Morro do Bumba, em Niterói, após anos e anos de descasos com uma comunidade que vivia, simplesmente, em habitações construídas em um terreno ingrime, com vegetação frágil, além de um solo que encobria um antigo lixão.

Há um anos jovens, praticamente crianças, morriam após um ato selvagem e impiedoso de um maníaco, reflexo social e cultural de uma sociedade devastada de preceitos e preconceitos, onde um local de Ensino, mesmo que público, mesmo que abandonado em segurança e educação pelo governo, tornou-se um triste cenário de morte e desespero. A Escola de Realengo, bairro Carioca, foi retrato do reflexo de atos e mais atos covardes e desproporcionais.

Aonde está o perdão, o arrependimento, o amor, a paz e todos os conceitos que administramos nesta data em que celebramos a Páscoa?

Talvez enterrados em consciências inconscientes, travadas pela ganância e alimentadas pela corrupção e violência, mas certamente a Páscoa está viva quando celebramos com o seu verdadeiro ideal.

Ninguém precisa ser Cristo, acreditar em Cristo ou crer no "Livro Sagrado", porém necessita compreender o verdadeiro espírito da fraternidade e paz, na entrega de nossas vidas ao bem e a prosperidade. Entender o verdadeiro caminho da alegria e honestidade.

Mais do que um simples Ovo de Páscoa, de um presente ou qualquer outro simbolo, a humanidade precisa, simplesmente, pensar no que é ser humano e como é humano ser humano.

Nesta data, antes de agradecer ou passar ao próximo o seu conceito desta data, reflita no verdadeiro sentido da vida e no verdadeiro espírito da paz, abra sua mente e seu coração, desarme sua alma, toque o solo e sinta a força da natureza e respeite os limites.

Antes de desejar uma boa Páscoa, o que é primordial, deseje a si mesmo um Mundo melhor.

A verdadeira mudança não está na revolução, mas sim na reflexão de nossos atos e gestos.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Vida e Gente.

Em certos momentos observamos atos como reflexo do nosso meio, da nossa sociedade ou de nossas iniciativas, porém todos os reflexos de nossos atos tocam um único fim, a vida.

Não que a vida seja o fim, ao contrário, é o início, mas o fim fecha a cortina de um gênero, encerra um ciclo e coloca vários valores em questão.

Não falo da morte, muito menos de vida pós morte, falo do fim como um objetivo, uma ação, uma proposta.

Vivemos com um certo fim, um objetivo, um traço, mas como caminhar em tatas estradas e caminhos ofertados pela convivência?

Cada um é livre, com o seu conceito do que é moral ou imoral, lícito ou ilícito e livre ou restrito.

Pensamos que o nosso fim pode determinar a vida de outros, daqueles ou de alguém, mas encurtamos nossos passos ao observar a incapacidade humana de transformar ou realizar algo.

Ser e viver é algo, porém ser Gente e saber Viver é fundamental para enfrentar cada dia.