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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Queimando Verbas.

Incrível, porém o que era possibilidade virou fato, a queda das máscaradas das UPP's.

As unidades pacificadoras do Estado do Rio de Janeiro eram um retrato de ressocialização, porém, nas vésperas das eleições, tornou-se um fruto de votos e renovações partidárias; logo, virou uma semente plantada sem destino certo, criando uma árvore torta e frutos envenenados.

É obvio que só ocupar uma comunidade não é a solução para afastar a violência, pois a mesma é espécie do gênero miséria, a qual, no momento, continua sendo assistencial.

A violência é reflexo da condição, do meio aonde o ser vive e dos aspectos que a motivam para uma expectativa de futuro. O que mudou em comunidades pacificadas?

O Exército assiste a comercialização de drogas, a comunidade continua sem infraestrutura, crianças continuam passando sufoco para acessar os estudos e a população carece de atendimento hospitalar mais eficaz, tendo em vistas que as UPA's, Unidade de Pronto Atendimento, é uma simples fachada, restrita a atendimentos leves e com profissionais empregados em regime celetista, muitos sem concurso e até sem expectativa de um quadro de carreira.

Não há o mínimo de respeito com a população e profissionais, tais como os professores, médicos e afins, que trabalham em unidades sucateadas, sem investimento capaz para aprimorar a metodologia e sem qualquer perspectiva de reconhecimento social.

Pouco se vê em campanhas de reaproximação das comunidades a direitos e deveres, levando possibilidades de justiça, segurança e educação, pois prevenir o povo não é uma política administrativa lucrativa. O lucro ocorre com a remediação, ou seja, a sangria desparra e a administração pública encobre com remendos emergenciais.

Não há investimento em capital e sim em capacitação de policiais para ocupar tais comunidade, porém, não adianta estruturar um lado e deixar o outro abandonado.

O dinheiro público é queimado, ou melhor, incinerado, como no caso do Teatro Villa Lobos, o qual passava por reformas há mais de um ano, em um gasto estimado pela quantia, simbólica, de Um milhão e meio de reais, resultado de receitas oriundas de impostos e destinadas a Secretaria de Obras, porém, com uma simples explosão (possivelmente no sistema elétrico), viraram cinzas.

Gastar verbas em programas assistencialistas derrotados e investir em obras inacabadas, sem futuro, revela um presente repleto de gastos emergenciais, os quais não resultam em prevenção, ao contrário, demonstram toda uma cadeia de fragilidade dos organismos públicos.

Quantos as UPP's, estas passaram por uma imensa reformulação, necessária para abastecer os fornecedores do Governo Estadual; já ao teatro incendiado, este será objeto de uma bela obra emergencial, sem licitação, destinadas a empreiteiras amigas e parceiras dos gestores.

Cada passo errado da nossa administração é o resultado de mais verbas desperdiçadas em programas inócuos e eleitoreiros, mas cada verba desperdiçada resulta em menos investimentos na Saúde, Educação, Habitação e Trabalho.

Queimando verbas e fulminamos oportunidades, este é o Brasil!

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