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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Liberdade, realidade e ilusão

Um tema cantado em forma de Samba-Enredo em 1988 ainda é uma triste contemporaneidade brasileira, a escravidão.

Longe de citar o negro africano que era uma moeda de venda, tão menos os índios que foram comprados, torturados e submissos aos conquistadores, mas sim ao ser vendido por algo que oprime, depreda e derroca uma população.

Sonhos viraram mercadorias, comprados por muitos e saboreados por poucos.

Aprendemos uma nova escravidão, a auto-escravidão, onde a pessoa humana não é aquilo que ela é, tão menos o que ela tem, é, simplesmente, o que ela aparenta ter.

O mundo virou uma vitrine, onde a mercadoria é exposta para um consumidor dependente daquele bem, mas esquece que o bem principal é acalentado por sua própria personalidade e pessoalidade.

A Liberdade virou um estado de espírito em extinção, privado por várias espécies de armas manipuladoras, desde o assistencialismo ao mais necessitado até a aliança corruptível daqueles que oferecem tal assistencialismo como uma moeda de troca e esmola.

A Realidade é refletida pela esmola, que alicia o seu pedinte e enaltece o seu concessor, dando ao menos o poder da manipulação, que em gênero é convertida em opressão, mas em espécia vai desde a alienação até a escravidão.

A ilusão virou a verdadeira escravidão, onde uma espécie de mural é posto como uma linda paisagem, mas a verdadeira paisagem paira um retrato devastador de dor e miséria.

Resta o nada, acalentado pela miséria de uma amarga ilusão, escravizada pela triste realidade e refletida por uma esmola que chamam de liberdade.

A Liberdade, realidade e ilusão são o retrato de uma triste e inócua civilização.

O pior vazio é aquele que enche a alma de um ser!

Cem anos de liberdade, realidade e ilusão

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