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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rio +20 sim!

A censura é a arte dos fracos ofuscados pela liberdade.

Com este conceito podemos refletir a trite realidade da Rio +20, um evento com uma importância única, porém com mazelas desproporcionais ao desenvolvimento humano. 


A principal mazela, plural de todas as outras, é resultado de uma pergunta:quem vai pagar a conta?



Uma resposta sem fim, ou melhor, sem destino, pois, incrivelmente, o norte dos diálogos são impostos pelas grandes potências, justamente as que poluem mais e entorpecem o meio-ambiente com um famigerado desenvolvimento degradável.

O ponto é tão cardeal que uma das principais propostas é, simplesmente, portar o ônus da sustentabilidade ambiental para os países em desenvolvimento, esquecendo aqueles que desenvolveram dilacerando o meio ambiente.

Nesta prévia resta um elogio, a ausência de um tratado singular, um suposto plano B.
Todos sabem que o tratado reserva serve para descartar o principal, sendo uma fonte para esgotar as negociações com uma suposta, porém vazia, solução.
A questão é igual a de 1992, ou seja, vai ou racha?


E quantas mudanças de 1992 até 2012. Pensar que a ECO 92 foi o primeiro traço de um país democrático, pós ditadura, sinalizando que abraça o meio ambiente.

O regime ditatorial era tão ríspido que, apoiando aliados importantes, fechava as portas para qualquer tipo de debate ambiental, apoiando desde a implantação de empresas sem medida preventiva e estudo de impacto ambiental.

A Conferência do Rio ECO 92 fixou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países desenvolvidos. 

O desenvolvimento com o apoio financeiro e tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável foi um traço abordado e costurado, elevando o conceito de que as grandes potencias tem o seu dever de modernizar e ampliar o combate contras seu próprio efeito destrutivo.

Logo uma pauta extensa citava temas como a mudança do clima (origem ao Protocolo de Quioto), ar e água, transporte alternativo, ecoturismo, redução do desperdício e redução da chuva ácida.
Todos os temas da pauta originaram inúmeros tratados, desde da conscientização industrial até ao destino de nossos detritos. 

Agora a Rio +20 vem com a reflexão dos temas rebatidos na ECO 92, tendo como norte a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, além da estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. 

Honestamente, todo o discurso de que tal ação não acarretará mudanças é um mero joguete de nações desunidas, pois, obviamente, nada saíra de pleno da Rio +20, porém como a Eco 92 seus reflexos serão futuros, com maiores tratados e uma cultura diferenciada entre a responsabilidade social e conservação ambiental.

Vale homenagear a união dos povos da ECO 92 e torcer que o mesmo tenha destino na Rio +20.






Governador Leonel Brizola.
De punho fechado comemorando o sucesso do evento, muito criticado pela suposta falta de estrutura, porém muito elogiado pelo forte desenvolvimento em eventos e civilidade.
           Dalai Lama e Joãozinho Trinta



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