Uma reportagem exibida em 22 de outubro de 2011, pelo Jornal Nacional, revelou um retrato do assistencialismo sem freio, sendo este um veneno para inúmeras famílias do sertão nordestino.
A matéria retrata uma obra de grande extensão para irrigar terras, em todo o ano, num perímetro de 300 Quilômetros.
Pena que a reportagem esqueceu de tratar inúmeros pontos, além do sucateamento do canal irrigatório, abandonado desdo o tempo da inauguração.
Este projeto, implantado na cidade do Icó, apelidada como Princesinha do Sertão, demonstra o verdadeiro retrato de um povo que só recebe a esmola, sem incentivos para aprender e desenvolver.
O ponto cardeal está na primeira safra, ou melhor, na primeira lavoura, a qual foi bancada, integralmente, pelo Governo Federal. Naquela época a União distribuiu água, fertilizante, sementes e todos os insumos necessário para a primeira plantação.
Acontece que, na mesma época, nada foi aplicado em curso, ou desenvolvimento, de técnicas irrigatórias, além do aperfeiçoamento da agricultura local, que só recebeu a primeira esmola, como uma grande bonificação de algo, mas decretada ao descaso futuro.
A grande safra ocorreu, porém só durou em tempos remotos, na memória de um povo que não sabe manipular grandes riquezas.
Plantar com todo o apoio é excelente, porém quando o apoio é uma forma de maquiar, temporariamente, o resultado de um projeto, o reflexo é único: o abandono.
O Fruto da safra inicial, em grande parte, foi o nada.
Famílias que plantaram terrar naquela época só tiveram duas escolhas: endividar-se para plantações futuras (sem saber como plantar) ou vender terras para grileiros.
Ora, como uma população abandonada, sem acesso a riqueza e margeada pela linha da pobreza poderia sustentar-se com novas plantações.
As terra foram vendidas, em grande parte, na segunda safra, para senhores feudais, os quais, em sua maioria, apoiaram a implantação do projeto daquela forma, porém sabiam que o povo não iria resistir as inúmeras oportunidades de vendas ilegais dos lotes destinados ao projeto oportunista.
O projeto, objeto da reportagem abaixo, é reflexo do mais puro assistencialismo barato, o qual rende uma excelente maquiagem, projetora de candidaturas eleitorais à época, porém fruto da verdadeira corrupção à moda brasileira.
Eis um verdadeiro descaso, chamado Assistencialismo Barato, com o nome de Perímetro Irrigado pelo descaso público.
Assim como em muitos projetos governamentais, esse é mais um dos que na teoria é uma beleza, mas na prática é apenas uma forma de desviar, gastar, torrar dinheiro público. Os projetos sociais, ou assistenciais no Brasil são um pano de fundo para que os objetivos escusos e obscuros sejam alcançados integralmente. É uma pena, ver a máquina do governo sendo usada para fins pessoais.
ResponderExcluir