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domingo, 23 de outubro de 2011

Assistencialismo Barato.

Uma reportagem exibida em 22 de outubro de 2011, pelo Jornal Nacional, revelou um retrato do assistencialismo sem freio, sendo este um veneno para inúmeras famílias do sertão nordestino.

A matéria retrata uma obra de grande extensão para irrigar terras, em todo o ano, num perímetro de 300 Quilômetros.

Pena que a reportagem esqueceu de tratar inúmeros pontos, além do sucateamento do canal irrigatório, abandonado desdo o tempo da inauguração.

Este projeto, implantado na cidade do Icó, apelidada como Princesinha do Sertão, demonstra o verdadeiro retrato de um povo que só recebe a esmola, sem incentivos para aprender e desenvolver.

O ponto cardeal está na primeira safra, ou melhor, na primeira lavoura, a qual foi bancada, integralmente, pelo Governo Federal. Naquela época a União distribuiu água, fertilizante, sementes e todos os insumos necessário para a primeira plantação.

Acontece que, na mesma época, nada foi aplicado em curso, ou desenvolvimento, de técnicas irrigatórias, além do aperfeiçoamento da agricultura local, que só recebeu a primeira esmola, como uma grande bonificação de algo, mas decretada ao descaso futuro.

A grande safra ocorreu, porém só durou em tempos remotos, na memória de um povo que não sabe manipular grandes riquezas.

Plantar com todo o apoio é excelente, porém quando o apoio é uma forma de maquiar, temporariamente, o resultado de um projeto, o reflexo é único: o abandono.

O Fruto da safra inicial, em grande parte, foi o nada.

Famílias que plantaram terrar naquela época só tiveram duas escolhas: endividar-se para plantações futuras (sem saber como plantar) ou vender terras para grileiros.

Ora, como uma população abandonada, sem acesso a riqueza e margeada pela linha da pobreza poderia sustentar-se com novas plantações.

As terra foram vendidas, em grande parte, na segunda safra, para senhores feudais, os quais, em sua maioria, apoiaram a implantação do projeto daquela forma, porém sabiam que o povo não iria resistir as inúmeras oportunidades de vendas ilegais dos lotes destinados ao projeto oportunista.

O projeto, objeto da reportagem abaixo, é reflexo do mais puro assistencialismo barato, o qual rende uma excelente maquiagem, projetora de candidaturas eleitorais à época, porém fruto da verdadeira corrupção à moda brasileira.

Eis um verdadeiro descaso, chamado Assistencialismo Barato, com o nome de Perímetro Irrigado pelo descaso público.


Um comentário:

  1. Assim como em muitos projetos governamentais, esse é mais um dos que na teoria é uma beleza, mas na prática é apenas uma forma de desviar, gastar, torrar dinheiro público. Os projetos sociais, ou assistenciais no Brasil são um pano de fundo para que os objetivos escusos e obscuros sejam alcançados integralmente. É uma pena, ver a máquina do governo sendo usada para fins pessoais.

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