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domingo, 6 de novembro de 2011

Abutres.

A queda de um corpo perante ao caos urbano acende, novamente, o debate sobre a necessidade de calar a violência que abate o país.

A morte de um cinegrafista, o assassinato de uma juíza e a ameaça de um deputado; tudo reflexo do caos urbano que assola a liberdade, encerrando o direito mais repleto do ser, o de viver.

Viver custa caro, muito caro, porém viver com segurança...

Um mercado, ou melhor, uma mercadoria que emprega novos dispositivos, novas necessidades e novas promessas.

Gastamos com sistemas de segurança, acreditamos em políticas radicais de segurança e votamos em políticos que citam a segurança. É ou não é um mercado nobre?

A morte de um jornalista irá atrair inúmeras reportagens, além de grandes matérias e grandes filósofos da carnificina, além de sindicatos pleiteando direitos e mais direitos, porém, o que foi feito em prevenção? São Abutres!

Morre uma Juíza e aparecem vários citando a justiça, reforma do judiciário e uma política mais severa.... abutres!

E ao caso dos deputados? Recorrem à Anistia Internacional como recurso de sobrevivência. O Deputado que foge do fronte, por incrível que pareça, também é um Abutre, pois ele sabe que a fuga dele corrobora a soberania da violência.

Não se assustem, leiam todas as reportagens e vejam todos os programas, mas tenham em mente a bela imagem de urubus sobrevoando um lixão.

Os Urubus são os Abutres que aparecem para contar a história e relatar possibilidades de melhoras, porém que em nada cooperam, ou se cooperam buscam algo mais promissor em troca.

E o lixo? O lixo é a nossa sociedade, acumulada em sujeira e decompondo-se ao ar livre!

Vamos mudar a realidade!

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