Em 1995, visando a possibilidade de privatizar as estatais, surge a emenda constitucional nº 3, dando, dentre as inúmeras possibilidades de divisão do mercado, a exploração petrolífera por grupos econômicos privados.
O movimento, chamado flexibilização das estatais, buscou retirar o monopólio estatal na atividade, servindo ao estado, tão somente, a fiscalização e regulamentação do mercado.
Inúmeras empresas voltaram os olhos para as terras tupiniquins, tendo em vista a possibilidade de novas fontes de insumos e riquezas.
E o que fazer com tais empresas? É óbvio que elas não buscam enriquecer e ajudar o nosso país, ao contrário, buscam, sim, extrair o máximo possível de recursos para sua fonte de custeio e enriquecimento.
O grande exemplo do momento é a Chevron, empresa petrolífera famosa por seu histórico de lucros, riquezas e devastação.
Como exemplo, a exploração petroleira no norte da Amazônia equatoriana é responsável pelo desmatamento de dois milhôes de hectares, sendo que mais de 650.000 barris de resíduos tóxicos foram derramados nos bosques e rios, afetando comunidades e etnias indígenas, que, em alguns casos, entraram em risco de extinção.
A Chevron disse várias vezes que se recusa a pagar pela limpeza da região, mesmo obrigados pelo tribunal, dizendo que lutarão até o fim.
E qual o papel da mídia brasileira?
Basta responder pela demora em publicar a realidade dos fatos no vazamento ocorrido na Bacia dos Frades, em Campos.
Mostrar a vulgaridade e hostilidade das empresas privadas que focam na exploração do nosso mercado é afastar futuros patrocinadores, anunciantes e usufrutuários da máquina pública, que necessitam vender a imagem de fragilidade de nossos produtos e serviços em belas campanhas publicitária, porém escondem, por meio de uma maquiagem brusca e capital, a verdadeira intenção de extrair, ao máximo, nossas riquezas.
Privatizar não é um crime, desde que seja velado pela o que é certo. Criticarmos as privatizações é criticar a tecnologia que usamos, em muitos casos, mas fiscalizar é necessário.
Não podemos vender o que é nosso, nem destruir nossas terras e recursos naturais. Não podemos vender nossas almas ao mercado, pois não há tecnologia que compre a realidade do que é humano e natural.
Está na hora de rediscutir as atuações das Agências Reguladoras e mercados, quem tem por missão fiscalizar, regulamentar e resguardar o patrimônio público, mas padece na burocracia dos órgãos públicos que não rediscutem suas metas e ângulos.
Ou agimos, ou ficaremos com o resto do osso corroído pela corrupção.
Só faltou o PSDB e o Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, chefe e cabeça das privatizações dar conta a população brasileira onde foi colocado tanto dinheiro das empresas que foram privatizadas. Na minha conta não está? E na sua, creio que também não. Onde vai parar tanto dinheiro público aqui no Brasil?
ResponderExcluirPrivatizar significa tirar o estado da função que não é dele, concentrando as ações nas suas obrigações: saúde, educação e segurança. Pode até participar em infraestrutura, mas de leve. Agora pesadamente cabe ao estado fiscalizar e controlar suas concessõe. A parte mais importante é "rediscutir as agências reguladoras"; hoje transformadas em homologadoras das decisões do planalto
ResponderExcluirUma coisa é certa: estatais estão servindo para cabides de empregos de apaniguados do governo, que é mau gestor e incompetente para administrar recursos públicos.
ResponderExcluirA onda gigantesca de denúncias de corrupção que se tem visto ultimamente vem a comprovar este fato.
É preciso colocar ordem na casa, mas fica a pergunta: ainda há seriedade nas instituições públicas a quem compete a fiscalização e controle? A resposta não é nada agradável.