Cita a constituição: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Em greve no Rio de Janeiro, há quase 60 dias, os professores estaduais lançam o alerta sobre desvios de verbas ocorridas em administrações pelo governo do Estado.
Todos sabem dos gastos públicos exagerados e desnecessários, sendo, em algumas ocasiões, pacificado pelo o povo com o jargão de “rouba, mas faz”.
Faz o quê?
Quem desvia dinheiro dos cofres públicos reduz o pleno investimento de sua população, prejudicando o esteio da máquina pública e onerando, cada vez mais, o povo, com carga tributária e prestação de serviços precários, como no caso da Saúde e Educação.
O piso salarial de um professor, em todo o país, não condiz com uma política séria de inclusão social, de auxílio a população e de evolução da capacidade per capta, muito ao contrário, afasta todos e tudo de qualquer tipo de oportunidade, tanto os professores, quanto os alunos que necessitam do ensino público e particular.
Antigamente os cursos de pedagogia lotavam e capacitavam novos profissionais, com vontade e valores agregados com a evolução social, apoiando partidos como o PT e acreditando que este acarretaria a evolução laboral e proletária na forma de uma verdadeira distribuição de renda.
Agora o quadro é inverso, pois temos poucos graduandos em cursos defasados, profissionais com pouca expectativa de mercado e descaso total do Partido dos Trabalhadores, que ajuda a bancários e empreiteiros patrocinadores de eleições, mas esquecem os propagadores da verdadeira ideologia estudantil e partidária nas décadas de 70, 80 e 90 são os grevistas de hoje.
Distribuir renda pela educação é prejuízo para o governo, pois mais vale comprar votos dando peixe do que angariar o desenvolvimento ensinando a pescar.
No caso da greve fluminense a proposta do governo estadual foi um reajuste de 3,5%, valor distante dos 26% que a classe reivindica. A proposta formulada pelo secretário de educação foi considerado um deboche, ainda mais para professores com o salário atual de R$ R$ 650,00 no início da carreira (chagando ao ápice de R$ 1.200,00 em 30 anos de carreira) e enfrentando condições precárias como falta de infraestrutura, instalações quentes e precárias, materiais defasados, cadeiras e mesas quebradas, sujeiras, ameaças, venda de drogas, tiroteios em comunidades e inúmeros riscos.
Só como relato, os Bombeiros do Rio de Janeiro, que mobilizaram o País, conseguiram o significantemente reajuste de R$ 780,00, ou seja, nada comparado aos autos custos inflados por uma inflação camuflada, a qual o governo insiste em chamar de marola.
São vários os relatos de professores que sofrem assédios morais e físicos, além de ameaças contra a própria vida e crimes de todas as espécies. Os fatos corroboram o reflexo da falta de estrutura dos Estados, que, muitas vezes, para readaptar sua rede de educação, solicita verba para obras emergenciais inexistentes e contratam licitações fraudulentas com superfaturamento; logo, surgem os verdadeiros elefantes brancos, escarrando a fraude no rosto da necessidade de cada professor e aluno.
O investimento sério em educação é um lucro futuro, aplicação real e concreta no que se tem de melhor, ou seja, o enriquecimento da mão-de-obra e do intelecto populacional. Educação é um investimento longo, pesado, porém certo, pois assim evoluímos e crescemos como Gente, como Estado, como País.
Contudo, a Educação não pode ser um cabideiro eleitoral, que só serve para eleger e promover políticos mesquinhos. Educação é coisa séria, é um eixo que estabiliza a sociedade e cria novos rumos, é a porta de novas expectativas e grandes evoluções, é um futuro melhor.
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