No Brasil é moda vulgarizar e ridicularizar nossos valores, culturas e outros aspectos enraizados nesta terra.
Um país tão belo, reflexo de uma miscigenação rica em culturas de outros povos e da nossa base indígena, como bem retratado pelo nosso saudoso professor Darcy Ribeiro, não pode ceder a condutas desumanas, desproporcionais, como as citadas abaixo
1-> Após ao jogo São Paulo e Ceará, pessoas discriminaram o povo nordestino via twitter.
Uma terra tão rica, cheia de cultura, ainda está presa em aspectos sociais, onde quem mora acima do Sudeste estaria sentenciada a ignorância e subordinação ao resto do país.
O triste do fato é que o ser ainda está preso a naturalidade, a regionalidade, mas não tem a mínima noção de que o que importa é a nacionalidade dele, ou seja, o país aonde ele nasceu.
Não podemos discriminar o que somos, já que assim estaremos sempre submissos a aspectos culturais e sociais estranhos a nossa população.
2-> Guarda - Municipal do Rio de Janeiro espanca uma pessoa pensando que era trabalhador ambulante.
O fato surreal aconteceu pelo período matinal, no Centro da Cidade, onde a Guarda Municipal, a qual deveria zelar pelo patrimônio público (é uma polícia administrativa), tentava prender um vendedor de biscoito conhecido na região, que se defendeu com uma tesoura. Populares reclamavam da atuação da Guarda, quando a mesma agrediu um rapaz que chegava ao trabalho aos murros e cace-tete, o qual nem participou do tumulto.
O brasileiro se acha brega, ridículo, submisso a outras nações, porém esquece que a única forma de evoluir é aceitando suas raízes, sendo estas fortes em convicções e traços culturais.
Não podemos negar os nossos artistas, nem ao nossos irmãos de outras regiões, muito menos a discriminação de credo, cor, raça e/ou etnia, pois, na soma de tudo, são todos nacionais de uma terra farta em mistura populacional.
Quem ultraja outro cidadão por seu aspecto regional-demográfico esquece que todos são parte de um único laço, o povo indígena, que sofreu a colonização portuguesa e criou esta imensa pátria de culturas e tipos diferentes.
Somos tão ricos em biodiversidade, cultura e raças, mas esquecemos da riqueza moral de aceitar o que realmente somos.
O professor Darcy Ribeiro tinha razão ao afirma que a maior riqueza do nosso país era a nossa população, porém a pior tragédia era a comercialização de nossos valores natos e nacionais.
Está na hora de acabar com esta moda e aceitar o nosso traço genealógico.
Vamos mudar!
Belo texto. Parabéns :-)
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