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domingo, 21 de agosto de 2011

Paciente reclama de pedrada, mas era um tiro.

Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, "Fulano"(não vamos divulgar nome), deu entrada em um pronto-atendimento reclamando de uma pedrada, na região cervical, com sangramento e algumas dores, porém dribladas pela humildade e simpatia do então paciente, encaminhado para um diagnóstico mais apurado.

Normalmente vítimas de pedradas não passam pelo Raio "X", todavia, tendo em vista a sangria no local atingido, a equipe médica optou pelo procedimento com o fim de observar a sequela apresentada.

O exame, conforme foto ao lado, desvelou, para surpresa do paciente e equipe médica, mais uma vítima de bala perdida, que por milagre não sofreu com consequências maiores, pois o projétil atingiu, somente, a região cutânea, não acarretando um quadro mais severo, como uma paralisia ou, até mesmo, um possível óbito.

A bala perdida partiu de uma localidade distante, sendo um projétil proveniente de um fuzil de longo alcance, como os utilizado por nosso traficantes em comunidade ocupadas pelo caos das drogas, tendo em vista o tamanho da cápsula observada na foto.

Nossas fronteira, na realidade, receptam um grande fluxo de armas ilegais, acauteladas pela falta de fiscalização e prevenção da União (responsável pelo controle das fronteiras internacionais), o que facilita a implantação de armamentos clandestinos, abastecendo marginais para seus fins ilícitos.

Armas de grande porte, como a que projetou a bala, não são fabricadas neste país, sendo clara a sua origem por descaminho alfandegário, irrigando um mercado negro e patrocinador de inúmeras mortes.

Em 2005 o Brasil era o segundo país em mortes por armas de fogo, chegando ao ápice, primeiro lugar, no último ano, conforme estudo que revelou o índice de 34,3 mil casos de homicídios a bala por ano.

Cerca de 90% das armas no país (15 milhões de armas) estão nas mãos da sociedade civil e não do Estado. Dessas 15 milhões de armas, 50% são ilegais.

"As armas de fogo pequenas e leves são responsáveis pela morte de 600 mil pessoas todos os anos no mundo. No Brasil, as armas de fogo matam mais do que doenças respiratórias, cardiovasculares, câncer, aids e acidentes de trânsito." (Viva Rio - ONG)

O fato em tela e os índices revelados assumem que estamos em uma sociedade mais violenta, onde a morte natural está sendo rompida pela morte provocada por agentes externos, motivos banais, aliciados pela falta de prevenção governamental em fortalecer nossas divisas, investir em saúde e educação e proporcionar moradia e segurança a todos os populares.

Precisamos cobrar mais de nossos governantes, com atitudes positivas contra o marginalidade e a ilicitude preponderante em nosso Brasil.

Conversar, refletir e debater sobre o assunto é um grande passo, compartilhar tal fato é um caminho, mas a atitude espontânea de criar uma nova realidade, um novo cenário, é o principal remédio contra a barbárie marginal.

Vamos mudar?!

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