O Presidente do Senado, por sacrifício (afirma o mesmo), revela que usou, realmente, um helicóptero da PM do Maranhão para fim particular (uma viagem até sua ilha particular), algo comum para o Senador e passivo aos olhos de todos.
Astucioso e dominador, o Marimbondo Rei não larga o poder, constrói feudos e dominas regiões, sendo o seu maior exemplo a eleição com Senador pelo Estado do Amapá, o qual não é o colégio eleitoral legítimo do político, mas é um arco sustentador do seu poder.
Sarney ingressou na política em 1954, sendo membro de uma família reconhecida por seu status econômico, passando, até hoje, por inúmeros partidos, ideologias diferentes, e com um grau em comum, os devaneios com o a máquina pública.
Sua fama é internacional, já que em meados do final de fevereiro, a revista inglesa The Economist publicou reportagem fazendo críticas ao Sarney, classificando-o como "dinossauro" e "semifeudal": a revista trouxe reportagem que classificou sua eleição de “vitória do semifeudalismo”. A reportagem, intitulada “Onde os dinossauros ainda vagam”(“Where dinosaurs still roam”), de autoria do jornalista John Prideaux, afirmou que talvez fosse “hora de (Sarney) se aposentar”.
Já no Brasil, o notório Imortal, título concedido de forma política pela ABL, é retratado em um “livro” escrito pela jornalista Regina Echeverria ("Sarney, a Biografia") abordando a ótica do parlamentar sobre a sua vida e a relação com o poder, onde se diz vítima de perseguição política.
Em 2009 Sarney, então Presidente do Senado, contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para reforma administrativa no Senado, pagando R$ 500 mil em dois anos e gerando o resultado zero, pois nada foi feito, além de determinar a demissão de todos os 136 diretores da Casa contratados por Ato Secreto, determinado pelo mesmo e desvelado em um forte escândalo.
No mesmo ano, segundo o Estadão, Sarney, preocupado com a hipótese de que a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), desencadeasse uma revolta que pusesse em risco os bens da família em São Luís, ordenou que quatro servidores da área de segurança da Casa reforçassem a defesa dos imóveis da família na cidade; logo, por determinação, policiais do Maranhão e seguranças do Congresso “mapearam” as propriedades por quatro dias, pagos com dinheiro público, sob a “desculpa” de se tratar de uma “missão oficial”.
Os bens declarados pela família Sarney ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de pai, irmão, filhos, cunhado e nora, somados, ultrapassam os 20 milhões de reais, porém, apesar dos valores declarados, a revista Veja publicou, em 2002, no auge do escândalo Lunus, que a fortuna da família Sarney chegava a mais de 150 milhões. Tal escândalo denunciou um esquema de lavagem de dinheiro pelo genro, marido de Roseana Sarney, a qual alcançava a preferência populacional, conforme pesquisas, pela sucessão presidencial.
Sarney manipula o poder, cospe marimbondos contra aqueles que oporem algo e não tem ideologia partidária firmada com a ética social imposta pelo mesmo.
Em 10 anos analisados neste artigo já tem escândalos capazes de naufragar qualquer carreira política, porém O Marimbondo Rei cospe fogo, domina uma vasta região nordestina, demonstrando a verdadeira fórmula da manipulação do poder.
Hoje O senador Pedro Simon (PMDB-RS) comparou José Sarney (PMDB-AP) ao papa, afirmando, em tom de ironia, que ele está "acima do bem e do mal". Simon fez a crítica ao comentar a denúncia de que Sarney usou um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão - governado por sua filha, Roseana Sarney (PMDB) - para passear em sua ilha particular.
Brasil, um país de todos!?
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