O brasileiro adora uma novela, uma trama, um enredo que prende e fixa a atenção.
Muitas vezes paramos em indagações de novelas, como quem matou quem, quem vai preso, etc.
Triste viver em um mundo de ilusões, como Alice no tapete mágico, onde assuntos como quem matou Norma cria mais força do que quem matou a Juíza Carioca.
Paramos em um mundo paralelo, surreal, imaginando possíveis assassinos, prendendo a atenção para detalhes sórdidos de como foi o crime, motivo e outros fatores, mas, no mundo real, esquecemos de tanta indignação e viramos a página do tempo, sem indagar e cobrar um fim junto e tolerável.
Quem matou a Juíza Patrícia Acioli é verídico, ou seja, aconteceu, porém a mobilização é travada, resignada a um crime, somente, sem a preocupação popular de analisar o que aconteceu naquela trama real e triste. Certamente, no futuro, tal fato será travado pelo esquecimento, algo que ocorreu e nem lembramos o porque, já que nem descobrimos o fim.
Outro exemplo é quem matou Salvador Ayala, um grande empresário, porém da ficção, mas o menino Juan, criança pobre, residente em favela, morta por PM's, não tem assassinos determinados, muito menos a certeza de que o corpo enterrado é realmente dele.
Em tempos distante quem matou Odete Roitman já caiu no esquecimento de muitos, assim como quem matou Patrícia Franco.
Vocês sabem quem é Odete Roitman ou quem é Patrícia Franco?
Odete Roitman havia sido morta, por engano, por Leila, que pensa estar atirando em Maria de Fátima, a qual havia se tornado amante de seu marido, Marco Aurélio ex-genro de Odete. Esta trama teve fim, no último capítulo de uma grande novela.
Patrícia Franco, engenheira de produção de uma grande multinacional, saiu de um show, pegou seu carro, depois de cruzar a Zona Sul do Rio de Janeiro, chegava à Zona Oeste, onde mora com os pais. Ao sair do túnel, já na Barra da Tijuca, o que aconteceu, é um mistério que a polícia ainda não conseguiu desvendar: o carro da engenheira foi encontrado nas pedras, junto a Lagoa de Marapendi, acerca de 25Km da casa dela. Patrícia desapareceu e seu processo ainda decorre nos tribunais da vida. (http://www.cadepatricia.com.br/oqueaconteceu.htm)
Torcemos que o banqueiro da novela das 8 (oito) seja preso, porém esquecemos de Daniel Dantas, assim como inúmeros casos, que servem até de inspiração para novas novelas, mas caem no esquecimento da mente humana.
Vivemos em que mundo, real ou surreal?
O PT é O Astro
Wellington,
ResponderExcluiresse tema que você retratou é muito bom!
Penso da mesma forma que você.
Infelizmente, vivemos num mundo sórdido, maldoso e superficial, onde se fala em "novelas" e "novelas".
Ao invés de se perguntarem para onde estão indo o dinheiro público, e outros temas recorrentes bastantes importantes e interessantes como por exemplo (a condenação de culpados por assassinatos, condenação de traficantes, condenação dos aliciadores de crianças no mundo da prostituição, condenação pelo crime do colarinho branco, condenação aos estupradores e etc).
Infelizmente vivemos em um mundo superficial, onde o mais importante é o ter o ser em $$$$$. Não importando se você é honesto, trabalhador, boa gente, gente que paga os seus impostos em dia e não fica desviando verbas por aí....
Se for pra ver novelas, que vejamos novelas baseadas em fatos reais, que contem a história do nosso Brasil e que nos mostre como somos sortudos nos dias atuais.
Pegamos por exemplo a novela "Amos e Revolução" do SBT. A novela nos mostra como era a realidade do nosso Brasil na época da ditadura militar. Fala quase que homenageando o nosso saudoso Leonel Brizola, e nos ensina tanto.
Eu por exemplo, não sabia que "esconderijo" era chamado de "aparelho" e que quando um "subversivo" era pego por militares, esse "subversivo" tinha que aguentar a tortura ao menos por 5 horas, que era o tempo necessário para evacuar o "aparelho".
Coisas que aprendi com a novela.
Que vejamos essa novela, e não "Insensato Coração" que nos mostra a violência contra homossexuais, infidelidade, desvio de verba e etc.
Pensemos sobre isso....
Uma pessoa uma vez me disse que: "Existem 2 tipos de pessoas na vida; a que escreve a caneta e assume os erros, e a que escreve a lápis e apaga os erros a borracha".
Prefiro ficar no mundo de hoje, escrevendo a minha história de vida a caneta e me interessar por verdades completas da vida real, a apagar a borracha os meus erros como muitas novelas por aí mostram.
Abraços,
Alessandra Passos.