A Prescrição do Mensalão.

Ao final de agosto, prescreverá, no tocante a 22 dos 38 réus, o crime de formação de quadrilha no processo sobre o “Mensalão do PT” no Supremo Tribunal Federal.

Tal fato demonstra que o próprio STF, responsável pelo julgamento e órgão guardião da Constituição, sucumbe à força política imposta pelo Procurador da República, Sr. Gurgel, e outros membros, mostrando que, a cada dia que passa, perde a sua capacidade jurídica para as articulações políticas.

Já a indicação do ministro Luiz Fux ao STF, assim como a futura indicação do Ministro Substituto de Ellen G., aposentada, já desvela a grande preocupação do planalto em retardar o andamento do caso, o qual atua, pelos bastidores, com empecilhos e retardações ao transcorrer da ação.

Assim, os petistas réus no STF são auxiliados pela nobre dificuldade em se obter provas, tendo em vista diligências tardias requisitadas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dificultando o Ministro Relator do processo, Joaquim Barbosa, em fortalecer sua convicção e relatório.

O próprio Ministro Relator, acometido de sérias doenças na coluna e região lombar, licenciou-se para operação e tratamento, o que, por fim, sepultou qualquer tipo de esperança ao possível julgado antes do prazo prescricional.

O processo está em fase de alegações finais, uma das últimas fases da defesa e acusação, e já tem nomes inocentados pelo PGR Gurgel, como Luiz Gushiken, ex-ministro do governo Lula.

A licença de Joaquim, a aposentadoria de Ellen G., a atuação lenta do Procurador Geral da República (Roberto Gurgel) e todas as manipulações buscando o enfraquecimento de provas já demonstram a impossibilidade de prisão dos réus.

O que resta, unicamente, é lembrar que o dinheiro desviado do erário público é imprescritível, porém a prisão e multa destes sujeitos sucumbem ao tempo, ou melhor, a prevaricação aliciada nos bastidores do poder.