Liquidação!

O Brasil está em liquidação:

-Liquidamos sonhos, com balas perdidas e consumos de drogas;
-Liquidamos a liberdade, tendo em vista o auto índice de marginalidade em grandes metrópoles;
-Liquidamos a democracia, elegendo pessoas piores e/ou contumaz a ilegalidade;
-Liquidamos a educação, remunerando mal os nossos professores e sucateando o ensino público;
-Liquidamos a paz, sem sossego para ir e vir num país mais violento.

O comércio brasileiro inovou, dando para cada liquidação uma nova necessidade, pois, como citado nos preceitos econômicos, a necessidade humana surge com a escassez de outra necessidades; logo:

-Vendemos sonhos, com novelas que traçam a surrealidade de uma sociedade equilibrada;
-Vendemos liberdade, com política de segurança pública focada no marketing eleitoral;
-Vendemos democracia, elegendo gente aliada a quadrilhas, que roubam o erário publico em cada verba destinada ao desenvolvimento nacional, e que buscam a capa política para tornarem-se imunes as leis e a todos;
-Vendemos a educação, construindo escolas superfaturadas, remunerando mal os professores e insentivando a evolução do ensino privado, o qual quem pode paga, quem não pode vive a margem do analfabetismo, dependendo de um Estado que não foca na educação, já que o conhecimento é capaz de transformar a passividade em atividade;
-Vendemos a paz, sucateando um país e construindo uma sociedade cada vez mais desigual.

No mercado brasileiro vendemos a honra e a dignidade humana, em troca de um assistencialismo mesquinho e precário, o qual chamamos de assistência social, porém reflete a estagnação moral.

Alguém tem honra para vender? Pagam-se com Danos Morais.

O retrato contemporâneo aponta para um seguinte futuro: vazio, sem perspectiva de independência e apêndice da esmola política dada pelos Senhores Feudais eleitos, os quais apropriam-se do poder, como os latifundiários e suas terras improdutivas.

Falando em terras improdutivas, eis uma grande diferença:

=> Em área urbana, tem o aumento do valor do IPTU para motivar a manutenção e construção no mesmo, ou seja, se você tem uma casa em uma região urbana você deve pagar mais, já que naquele solo poderia ser erguida uma edificação. Resultado: o proprietário vende a casa e uma grande construtora compra, constrói um edifício, graças a determinação da prefeitura quanto ao aumento do valor do IPTU e a pronta análise da necessidade da função social dequele terreno.

=> No campo, área rural, a terra improdutiva é analisada para uma possível reforma agrária, porém o INCRA não tem fiscais suficientes para analisar tal desperdício, mas quando analisada.... bem, quando constatada a ausência de função social da terra a União desapropria, porém paga pelo preço do terreno, quase sempre supervalorizado, ou não constata, pois o fiscal passou e não viu ou não pode ver por motivos acima de sua ordem hierárquica.

Um povo sem base, que liquida seu valores e compra remédios nocivos a dignidade humana, caminha na direção da escravidão moral e ética, ambas impostas pelos comerciantes de almas, responsáveis pelo esvaziamento da sustentabilidade.

Potanto:

-Ainda vendemos insumos e importamos tecnologia;
-Produzimos pouco e consumimos muito;
-Trabalhamos muito e recebemos salários inflacionados;
-Sonhamos muito e agimos pouco.

A ética é um reflexo social, já a sociedade é sustentada por sua ética moldada.